220 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a covid-19 atrasada no DF
Há estoque de vacinas para D1 e D2, dose de reforço e dose adicional; números revelam a efetividade da campanha de vacinação
Mais de 1,9 milhão de pessoas tomaram a segunda dose da vacina contra a covid-19 no Distrito Federal, mas o número poderia ser maior. De acordo com as estimativas da Secretaria de Saúde, são cerca de 220 mil pessoas que já poderiam ter recebido a segunda dose, mas ainda não compareceram a um local de vacinação.
Uma das explicações para o atraso é o novo prazo para a segunda dose: 28 dias após a primeira aplicação, no caso da CoronaVac; e de 56 dias ou oito semanas para AstraZeneca ou Pfizer-BioNTech, independente da data prevista no cartão. Hoje, 6 de dezembro, por exemplo, podem tomar a segunda dose quem recebeu a CoronaVac em 8 de novembro e quem tomou a AstraZeneca ou Pfizer em 11 de outubro. Em caso de atraso, ainda é possível se vacinar.
O estoque na Rede de Frio Central conta hoje com mais de 403.708 doses da Pfizer-BioNTech e mais de 547,3 mil doses da CoronaVac, além do que já foi distribuído para os locais de vacinação.
Vacina Pfizer-BioNTech armazenada na Rede de Frio Central – Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
“Aqui no Distrito Federal nós temos todas as doses disponíveis para a população”, afirma o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero. Ele lembra que há também disponibilidade para quem, por qualquer motivo, ainda não tomou a primeira dose. Também é aplicada a dose de reforço para todos que completaram o ciclo vacinal há cinco meses completos. “Se você vai viajar e ainda não observou esse detalhe da vacina, é fundamental até para ir com mais tranquilidade”, aconselha o gestor.
A única exceção é para a dose de reforço da Janssen. A Secretaria de Saúde aguarda o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde para a aplicação nas 58.362 pessoas que foram imunizadas com essa vacina.
Efetividade das vacinas
O acompanhamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) da Secretaria de Saúde detalha a efetividade da campanha de vacinação. A subida da proporção da população com a primeira dose (linha verde) e com a segunda dose ou dose única (linha preta) ocorre em paralelo à queda do número de casos (linha azul), de internações em leitos de UTI (linha roxa) e de óbitos (linha vermelha). O gráfico mostra, por exemplo, a elevação do índice de vacinação, entre os meses de julho a setembro, e a redução da ocupação dos leitos de UTI e de óbitos, a partir de outubro.
Até o domingo (5), o Distrito Federal registrava 88,73% da população vacinável (acima de 12 anos de idade) com a primeira dose, ou 74,95% da população total. No caso da segunda dose, os índices são de 77,71% do público vacinável ou 65,64% da população. Ao todo, foram aplicadas 4.523.319 vacinas no DF, sendo 2.287.948 de primeira dose, 1.945.222 de segunda dose, 58.362 de dose única, 222.104 de dose de reforço e 9.683 de dose adicional. Essa última voltada para pessoas imunossuprimidas, que devem comparecer a um local específico de vacinação com cartão de vacina, documento de identidade com foto e laudo ou relatório médico.
O resultado é a diminuição do número de infecções, também confirmada pelos dados de domingo. A média de casos nos últimos sete dias ficou em 65, abaixo da média do período anterior, que era de 71. O índice de transmissão, o chamado RT Diário, está em 0,78, também abaixo dos 0,82 registrados sete dias antes. Quando esse número está abaixo de 1, significa que a transmissão está em desaceleração.
A queda do número de casos também se reflete nas internações. Dos 65 leitos de UTI covid no DF, 44 estão ativos, dos quais 12 estavam vagos nesta terça. Já o Hospital de Campanha da Ceilândia, com 100 leitos com suporte ventilatório para pacientes com covid-19, 88 estavam vagos no domingo, um índice de ocupação de 12%.
Fonte: https://www.saude.df.gov.br