Diagnóstico precoce do câncer de próstata possibilita 90% de chance de cura, afirma especialista da Rede Ebserh/MEC
Homens vivem em média 5 a 7 anos a menos do que as mulheres pela falta de cuidado com a saúde
O câncer de próstata é uma doença extremamente comum, mas que tem um percentual alto de chance de cura, mais de 90%, caso seja detectado no início. Por isso, é importante o homem se cuidar e buscar atendimento médico em qualquer época do ano, e não somente durante a campanha Novembro Azul. A informação é do médico urologista João Vitor Santos, que atua no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), vinculado à Rede Ebserh/MEC.
Segundo o profissional, os homens vivem em média 5 a 7 anos a menos do que as mulheres, e isso muitas vezes se dá pela falta de cuidado com a saúde. “O câncer de próstata é uma doença corriqueira. Quando excluímos o câncer de pele, ele é a principal causa de neoplasia no homem. Então, um a cada seis homens vai ser diagnosticado, ao longo da vida, com essa doença”, afirmou.
Veja abaixo outras informações repassadas pelo médico.
Fatores de risco
O principal fator de risco é a idade; quanto mais tempo de vida, mais risco de adquirir a doença.
Outro fator extremamente importante é a hereditariedade. Parente de primeiro grau que desenvolveu a doença tem duas vezes mais chance de ter também; e quando há dois parentes de primeiro grau com a doença, a chance aumenta de duas para seis vezes, comparado a um paciente que não tem histórico familiar.
Paciente negro tem mais chance de ter a versão do câncer mais agressivo por questões genéticas.
A obesidade também é um fator de risco para grande parte das doenças cardiovasculares e para o câncer de próstata. Os homens que consomem muita gordura animal tendem a ter mais risco de desenvolver a doença do que aqueles que não comem.
Fator protetor
São fatores protetores os hábitos de vida saudáveis, as atividades físicas, alimentação saudável, exposição ao sol de forma segura para elevar os níveis de vitamina D e vida sexual ativa, com relações seguras.
Diagnóstico
Para fechar o diagnóstico o paciente passa por consulta e dois exames: o toque e o PSA (exame de sangue).
O exame do toque é simples, com duração menor que 10 segundos e que não causa dor ao paciente. Ele é um complemento na avaliação da próstata e, junto com o PSA, aumenta a chance de diagnosticar precocemente o câncer de próstata.
Os exames de rastreamento devem começar aos 50 anos para paciente sem fatores de risco e aos 45 anos para pacientes que possuam familiares de primeiro grau com câncer de próstata, mama, paciente negros e obesos.
Sintomas
O câncer de próstata, em sua fase inicial, não apresenta sintomas. Seu crescimento é lento e apenas começa a gerar sintomas quando já envolve grande parte da próstata ou causa metástases. Nessa fase, os principais sintomas são: alteração do jato de urina (jato fraco, sensação de não esvaziar completamente a bexiga, levantar muitas vezes a noite para urinar), sangue na urina e dor nas costas (principalmente na região lombar baixa – sítio comum de metástases).
Tratamento
Atualmente, o câncer de próstata é tratado de acordo com algumas características específicas do tumor. Dentre as opções para o tratamento da doença que ainda está restrita à próstata (sem metástases) existe a cirurgia, com retirada de toda a próstata; a radioterapia, que, pela radiação e sem a necessidade de cirurgia, destrói as células malignas com ou sem o uso de medicamentos para inibir o crescimento do tumor.
Mitos
O exame de próstata não afeta a masculinidade do homem e é um exame sigiloso (apenas o médico e o paciente saberão que ele foi realizado).
Apesar de o tratamento para o câncer de próstata aumentar o risco de impotência e incontinência urinária, nem todos os pacientes passarão por isso após o tratamento.
É importante a avaliação médica, que salva vidas.
Sobre a Rede Ebserh
O HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh desde fevereiro de 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.
Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades.
Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da Ebserh
Fonte: https://www.gov.br/mec