Ministério da Saúde alerta para a importância do combate ao Aedes aegypti
Nos primeiros dois meses deste ano os casos de dengue tiveram aumento de 35,4% em comparação com o mesmo período do ano passado
Dados do Boletim Epidemiológico nº9 , publicado pelo Ministério da Saúde, apontam um aumento de 35,4% nos casos de dengue nos dois primeiros meses deste ano na comparação com 2021. De acordo com o material, foram registrados 30 óbitos e 128.379 casos da arbovirose.
O documento apresenta ainda a redução de 17,5% nos casos de chikungunya (9.555) e 11,5% de aumento nos casos de Zika (756). As três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Entre os municípios que mais registraram casos prováveis de dengue, Goiânia (GO) é o que apresentou maior incidência, com 13.608 ocorrências, seguido por Brasília (DF), com 8.572 casos, Palmas (TO), com 6.497, Sinop (MT), 2.754 casos, e Aparecida de Goiânia (GO), com 2.199 casos.
O coordenador de Vigilância das Arboviroses do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, reitera que a principal ação de combate ao Aedes aegypti é diminuir os focos de água parada. “Quando trabalhamos para reduzir esses focos de água parada, reduzimos também o número de casos. Nós fazemos campanhas e entramos em contato com os estados para que façam a suas campanhas de conscientização”, alerta.
Ele explica que, por conta das restrições impostas pela pandemia, os trabalhos dos agentes comunitários de porta a porta só foram retomados no segundo semestre de 2021. Com isso, a Pasta implementou novas metodologias, incluindo um novo formicida de origem biológica, o larvicida Espinosade, para tratamento de possíveis criadouros do mosquito. Em 2021, foram distribuídas 57,7 milhões de pastilhas e, em 2022, já foram distribuídas 12,8 milhões.
Sustentabilidade
O biolarvicida representa uma alternativa eficiente no controle das larvas dos mosquitos, pois pode ser adicionado em qualquer lugar que acumule água e tenha potencial para ser um criadouro dos insetos. A nova tecnologia garante um menor impacto ambiental, por se tratar de um produto biológico de baixo impacto para a saúde humana.
O grande benefício em comparação com os inseticidas tradicionais, é que o produto orgânico causa a morte apenas das larvas do mosquito, sem afetar pessoas e nem animais domésticos, inclusive peixes, aves e outros insetos benéficos. Também não afeta o ambiente, porque não é cumulativo ou poluente.
Para garantir a proteção contra o vetor das arboviroses, a Pasta encaminha diretamente o produto aos estados e municípios, de acordo com a situação epidemiológica local e com a demanda.
Controle e prevenção
Com as altas temperaturas e períodos chuvosos a expectativa do número de criadouros aumenta. O Ministério da Saúde relembra que para fazer o controle efetivo da proliferação do mosquito é necessário tirar ao menos dez minutos de apenas um dia da semana para verificar o telhado, calhas entupidas, piscina, garrafas, pneus e demais itens que possam ser criadouros.
Mesmo em lugares que necessitem fazer o armazenamento de água é importante não deixar os reservatórios destampados para evitar que o mosquito coloque ovos dentro dessas águas.
A Pasta segue trabalhando com estados e municípios para a intensificação das ações de visita domiciliar e identificação de focos. Ao sentir febre, dor no corpo, a recomendação é que o paciente busque as unidades de saúde mais próximas de casa, para atendimento e identificação do caso de dengue ou de outra arbovirose.
Fonte: https://www.gov.br/saude