Simpósio Fiocruz/NIH reúne especialistas mundiais sobre ameaças emergentes
Nos dias 24 e 25 de abril, a Fiocruz e o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas/Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIAID-NIH) organizam o Simpósio Ameaças Globais Sanitárias Emergentes e Persistentes (Emerging and Persistent Global Health Threats), no Hotel Prodigy Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
O evento conta com a participação de especialistas internacionais, como Anthony Fauci, principal epidemiologista americano e líder da força-tarefa do país contra a Covid-19, e Adrian Hill, diretor do Jenner Institute, da Universidade de Oxford, desenvolvedor da vacina AstraZeneca contra a Covid-19, produzida no Brasil pela Fiocruz. Hill vai apresentar também os resultados de uma nova vacina contra a malária, a R21/MM, que, já na fase 2, tem demonstrado 77% de eficácia.
O simpósio abordará temas como Covid-19, HIV, arboviroses, meio ambiente e epidemias. Uma outra novidade será apresentada por Vincent Munster, do NIAID-HIV: uma nova formulação da vacina Oxford/AstraZeneca contra Covid-19 para aplicação intranasal, ou seja, por spray, o que deverá facilitar o seu uso.
“O que era para ser uma reunião satélite Fiocruz/NIH à Reunião Nacional de Pesquisa em Malária cresceu e se tornou um simpósio sobre ameaças emergentes, com nomes de peso em suas áreas”, explica Leonardo Carvalho, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que organizou o simpósio junto com Hans Ackerman, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID-HIH), dos EUA.
O evento, que terá Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, na abertura falando sobre o imunizante contra a Covid-19, reúne participantes como o brasileiro Michel Nussenzweig, da Universidade Rockfeller, que tratará sobre a resposta imunológica diante do Sars-CoV-2; Celina Turchi, que descobriu a relação entre zika e microcefalia; e Ester Sabino, primeira pesquisadora a sequenciar o Sars-CoV-2. A imunologia ganhou destaque, com os avanços conquistados no combate à Covid-19 e sua aplicação em outras áreas, como o uso de anticorpos monoclonais contra malária, a serem apresentados por Peter Crompton e Robert Seder, do NIAID-HIH.
Anthony Fauci, que fecha o primeiro dia e que participará online, deverá falar sobre as lições que a Covid-19 trouxe e os desafios que deixará. “Aprendeu-se muito num curto espaço de tempo. Houve erros e acertos. Fauci deverá trazer uma visão global sobre o que possa ser feito diante de futuras pandemias”, explica Leonardo Carvalho. Consulte a programação completa do simpósio.
Sessão conjunta e eventos paralelos
Se o primeiro dia do simpósio aborda temas como Covid-19, Aids, febre amarela e dengue, o segundo (25/4), marca o Dia Mundial da Malária, e se dedica ao tema. Ele se transforma ainda numa sessão conjunta com a XVI Reunião Nacional de Pesquisa em Malária, que também reúne pesquisadores brasileiros e estrangeiros, e segue até 28 de abril.
Ainda como parte da celebração dos 15 anos do Dia Mundial da Malária, o pesquisador Claudio Tadeu Daniel Ribeiro receberá a Medalha Henrique Aragão no dia 25, às 18h30, no Museu do Amanhã.
Um evento paralelo será o Simpósio PAVE (Partnership for Vivax Elimination), chamado de “Novas Ferramentas para a Eliminação do Plasmodium vivax no Brasil”, promovido pela Medicines for Malaria Venture (MMV) e pela PATH, no dia 26. A PAVE é uma parceria para a eliminação desse protozoário que é uma das causas mais comuns da malária, e reúne parceiros de países endêmicos, pesquisadores, financiadores e outras organizações.
Consulte a programação completa.
Fonte: https://portal.fiocruz.br