OPAS e OMS participam do lançamento da campanha nacional de doação de leite humano
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) participaram nesta terça-feira (17) do lançamento da Campanha Nacional de Doação de Leite Humano de 2022, que aconteceu na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (DF). O tema deste ano é “Doe leite materno e receba a gratidão de uma vida”.
A campanha, divulgada no marco do Dia Mundial de Doação de Leite Humano (19 de maio), reforça que apenas meio frasco de leite materno pode alimentar até 10 bebês prematuros ou de baixo peso internados em unidades neonatais e salvar vidas.
Durante o lançamento, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, ressaltou que o Brasil tem a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. “Isso é um orgulho para nosso país. Nos últimos 20 anos, foram mais de 3,2 milhões de litros de leite coletados e quase 3,2 milhões de recém-nascidos beneficiados com essas doações”, enfatizou. São, ao todo, 225 bancos de leite humano em todos os estados brasileiros e 217 postos de coleta.
“Nós, como região das Américas, agradecemos a solidariedade do Brasil, porque todos os bancos de leite humano da região têm a mão do país. Agradecemos também aos profissionais que têm trabalhado intensamente para que as Américas tenham uma rede de bancos de leite humano”, declarou a representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross.
Gross ressaltou que, apesar de o Brasil ser um destaque nas Américas, apenas uma em cada duas crianças da região têm acesso ao leite materno na primeira hora de vida. “O aleitamento materno é a intervenção em saúde pública mais custo-efetiva, é isso que faz com que nossos filhos, nossa geração, nosso presente e nosso futuro sejam mais fortes e saudáveis”.
Benefícios do aleitamento materno
A amamentação exclusiva até os seis meses traz muitos benefícios para o bebê e a mãe. A principal delas é a proteção contra infecções gastrointestinais. O início precoce do aleitamento materno, dentro de 1 hora após o nascimento, protege o recém-nascido de adquirir infecções e reduz a mortalidade neonatal. O risco de mortalidade devido à diarreia e outras infecções pode aumentar em bebês que são parcialmente amamentados ou que não amamentaram.
O leite materno também é uma fonte importante de energia e nutrientes para crianças de 6 a 23 meses. Pode fornecer metade ou mais das necessidades de energia de uma criança entre as idades de 6 e 12 meses e um terço das necessidades de energia entre 12 e 24 meses.
Crianças e adolescentes que foram amamentados quando bebês têm menos probabilidade de apresentar sobrepeso ou obesidade. Além disso, têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm frequência escolar superior. A amamentação está associada ainda a maior renda na vida adulta.
Fonte: https://www.paho.org