Programa Doutoral completa 15 anos e médicos são titulados
“Criado pela Universidade do Porto em 2007 e conveniado ao CFM, o programa, enquanto área multidisciplinar, busca também a transdisciplinaridade. Hoje tem estudantes de diferentes continentes e reconhecimento da cátedra internacional. Brasil e Portugal mostram ao mundo uma bioética moderna e plural”, afirmou o diretor do curso, Rui Nunes, que agradeceu ao CFM pelo empenho dedicado ao programa ao longo destes 15 anos e celebrou a realização desta cerimônia, que volta a ocorrer após dois anos suspenso pela pandemia de covid-19. O discurso do professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foi durante a solenidade para celebração dos 15 anos do Programa Doutoral em Bioética, realizado nesta terça-feira (12), na sede do Conselho, em Brasília
Presidente do CFM, Hiran Gallo também celebrou: “eu sou o primeiro aluno do programa de doutorado e, no momento, há 116 inscrições ativas, sendo que a 12ª turma inicia nesta semana. Aos nossos alunos, deixo um conselho: sejam dedicados, perseverantes e ousados, exercitem seus talentos na seara da reflexão e tenham na dúvida uma companheira”.
António de Sousa Pereira é reitor da Universidade do Porto e, participando do evento, alertou que “a ética e a bioética são, cada vez menos, temas de exclusividade médica e que há um mundo completamente novo pela frente para o qual precisamos estar bioeticamente prontos. Há também um desafio de saúde, pois não há no mundo nenhum país economicamente capaz de atender integralmente à saúde de sua população e será preciso tomar decisões com base na ética. Também nesse sentido, é importantíssimo consolidar e expandir programas como este da Universidade do Porto com o CFM”.
A cerimônia contou também com a presença de Frank Ullrich Montgomery, presidente do Conselho da Associação Médica Mundial (WMA). “Temos que nos comprometer com a ética e a bioética face às mudanças que as sociedades, a saúde e a medicina têm pela frente. Outro desafio importante é achar um meio ético para dirimir as fakenews, que agem contra o conhecimento científico e vimos, durante a pandemia, como essas falsas informações impactaram negativamente na saúde mundial.
Desde o primeiro protocolo de convênio do Programa Doutoral CFM/FMUP, centenas de alunos já participaram das atividades propostas, sendo que 24 deles concluíram suas teses.
Na cerimônia, os médicos Ana Carolina de Lemos Tavares, Antônio Geraldo da Silva, Edson Luciano Rudey, Paulo Cezar Mariani e Rosylane Nascimento das Mercês Rocha foram titulados doutores em bioética pela Universidade do Porto.
Rosylane Rocha, 2ª vice-presidente do CFM e agora doutora em bioética, representou seus colegas afirmando que “este é um dos maiores desafios de nossas carreiras e, às vezes, pensamos: por que inventei isso? E é aí que precisamos nos reinventar e buscar ainda mais nossos professores e a equipe técnica que o CFM nos disponibiliza. Vale à pena! Esse caminho de estudo e pesquisa faz parte do nosso DNA médico. Obrigada! Nós alunos ficamos eternamente obrigados a agradecer aos nossos professores pelo aprendizado”.
O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, afirmou que” hoje é um dia de júbilo para celebrar a Revista Bioética, motivo de orgulho para todos os médicos, e de parabenizar a todos que hoje serão outorgados pela conclusão do programa Doutoral em Bioética”. Fernandes também agradeceu à diretoria do Conselho “pela busca de sinergia e alinhamento de caminhos entre o CFM e a AMB, entidades que precisam buscar objetivos comuns se permitindo divergir com respeito”.
Outros 61 médicos receberam também o certificado pela conclusão do primeiro ano de curso. Acesse as fotos do evento na página do CFM no flickr. ACESSE AQUI.
Fonte: https://portal.cfm.org.br