Mais Médicos: entenda como a retomada do programa vai priorizar formação dos profissionais
Ministério da Saúde busca reduzir alta rotatividade de profissionais por desistência de médicos que buscam especialização
Com a retomada do Mais Médicos, o Ministério da Saúde vai aperfeiçoar o programa com ações para além do provimento de médicos. O foco das medidas estará, também, na formação destes profissionais, para evitar que abandonem seus postos por necessidade de especializações. A proposta é, ainda, promover o reconhecimento de médicos que fiquem ao menos quatro anos no programa.
Uma das principais razões identificadas pelo Ministério da Saúde para a alta rotatividade de profissionais é a desistência de médicos que procuram formação. Neste sentido, a estratégia vai contemplar a ampliação do número de vagas de residência nas áreas prioritárias para o SUS.
Também haverá incentivo a mestrado e pós-graduação em Atenção Primária à Saúde e Medicina da Família e Comunidade. A formação curricular será pautada conforme a realidade dos atendimentos médicos na atenção primária do SUS: o profissional terá repertório teórico aliado às experiências práticas para potencialização de sua atuação. A iniciativa deverá aumentar o número de pós-graduados stricto sensu com mestrado no Brasil, ampliando os conhecimentos científicos dos participantes.
Paralelamente, os médicos que permanecerem no programa por até quatro anos terão reconhecimento com o incentivo à prova de título de especialidade. A permanência do profissional no Mais Médicos também vai garantir auxílio de mais de 90% para o pagamento do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies).
Do total de novas vagas previstas para 2023, 5 mil serão abertas por meio de edital já neste mês. As outras 10 mil vagas serão oferecidas em um formato que prevê contrapartida dos municípios. Essa forma de contratação garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e permanência nessas localidades. O investimento por parte do governo federal neste ano será de R$ 712 milhões.
Fonte: https://www.gov.br/saude