“Prevenção” é palavra de ordem para o Dia Mundial do Combate ao Câncer
Ações para o enfrentamento das doenças estão voltadas para o autoconhecimento do corpo no diagnóstico e tratamento precoce
Para marcar o Dia Mundial de Combate ao Câncer, o programa #paposaúde, do Ministério da Saúde, trouxe nesta quinta-feira (04/02) a diretora-geral do INCA – Instituto Nacional do Câncer – Ana Cristina Pinho Mendes, para esclarecer dúvidas dos espectadores e conversar sobre o assunto. A data visa chamar a atenção da população para o fato de que, apesar de ainda muito temido, o câncer pode ser evitado com medidas simples e tem altas chances de cura se diagnosticado precocemente.
Durante a conversa, a especialista explicou que a Campanha desse ano chama a responsabilidade dos pacientes para o controle do câncer. Este ano, o INCA propõe um desafio de melhorias de hábitos saudáveis que podem ajudar a prevenir a doença em 21 dias.
“A estratégia é de se concentrar na crença dos 21 dias para se adquirir o hábito, de cuidar do corpo e trabalhar na prevenção e no controle do câncer”, disse Ana Cristina. A meta é fazer com que as pessoas entendam seu protagonismo no cuidado com a saúde.
As campanhas de combate ao câncer, que visam alertar a população sobre os riscos da doença e a importância da prevenção desde a infância, contam com cartilhas ilustradas, livros, e outras formas de fazer com que as crianças se conscientizem do seu papel e levem os bons hábitos para a vida adulta – como não fumar, manter uma alimentação mais saudável, praticar exercícios físicos e passar protetor solar.
Entre as crianças e adolescentes, os tipos mais comuns da doença são: leucemias, linfomas e tumores no sistema nervoso central. “A infância é o período da vida mais suscetível aos efeitos danosos da radiação UV, que se manifestarão mais tardiamente na fase adulta sob a forma de câncer de pele, por exemplo. Portanto, se levarmos em conta que a radiação solar tem efeito cumulativo, a prevenção deve se iniciar com os bebês, evitando a exposição ao sol nos horários de risco e pelo uso de produtos específicos para a faixa etária”, explicou no bate-papo.
Segundo o INCA, o câncer de pele corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país. O tipo mais frequente é o câncer de pele não melanoma. Na população masculina, a frequência maior é o câncer de próstata, enquanto na feminina o câncer de mama é o mais comum.
“As pessoas têm que estar alertas aos sinais do corpo, e ao menor sinal de mudança devem procurar imediatamente tratamento. O diagnóstico precoce é um dos maiores aliados na cura do câncer”.
VACINA DA COVID E CÂNCER
O tema foi bastante questionado pelos espectadores e a Dra. Ana respondeu que sim, pacientes podem tomar a vacina e fez uma ressalva: “tudo deve ser feito através da relação médico – paciente”.
DESAFIOS PARA A SAÚDE
Em consonância com a União Internacional para o controle do câncer, A OICC, o INCA trabalha com o incentivo de ações individuais que impactam no coletivo e chama a responsabilidade de cada um no controle do câncer e para fazer com que o cidadão invista em si e assuma a sua responsabilidade na prevenção da doença. Segundo a diretora do INCA, cerca de um terço dos cânceres na população adulta é prevenível por meio do controle dos fatores de risco, como o tabagismo.
No site do INCA você encontra o convite para melhorar a sua saúde em 21 dias. São tarefas simples que serão publicadas diariamente com o intuito de trazer mais saúde e conhecimento à população. O primeiro desafio é colocar mais cor no seu prato, lembrando a importância de se alimentar bem evitando os ultraprocessados e abusando dos legumes e vegetais, medidas que devem se tornar um hábito para uma população que deseja viver longe do câncer. Todos estão convidados a participar!
REDE DE ASSISTÊNCIA
A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer determina o cuidado integral ao usuário de forma regionalizada e descentralizada e estabelece que o tratamento do câncer será feito em estabelecimentos de saúde habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon). Unacons e Cacons devem oferecer assistência especializada e integral ao paciente com câncer, atuando no diagnóstico, estadiamento e tratamento. Esses estabelecimentos devem garantir a qualidade dos serviços de assistência oncológica e a segurança do paciente.
Existem, atualmente, 317 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer. Todos os estados brasileiros têm pelo menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará desde um exame até cirurgias mais complexas.
Cabe às secretarias estaduais e municipais de Saúde organizar o atendimento dos pacientes, definindo para que hospitais os pacientes, que precisam entrar no sistema público de saúde por meio da Rede de Atenção Básica, deverão ser encaminhados.
Fonte: https://www.gov.br/saude