Em documento ao Congresso, ministro Pazuello reafirma que acesso a vacinas contra a Covid-19 é prioridade
Pasta apresentou aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal as ações para ampliar a campanha de vacinação
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (10/03) o cronograma de vacinação contra a Covid-19 para 2021. O detalhamento dos prazos foi enviado através de ofício dirigido ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e do Congresso Nacional, Arthur Lira.
Pazuello reafirmou que a prioridade do Governo Federal está na aquisição de mais vacinas para ampliar a Campanha de Vacinação contra a Covid-19, em andamento desde o dia 18 de janeiro.
“O acesso a vacinas seguras e eficazes para enfrentamento da pandemia é prioridade do Ministério da Saúde, visto que a vacinação tem o potencial de prevenir e conter a transmissão do coronavírus”, disse.
O ministro também explicou que o cronograma de entregas de doses de vacinas e as quantidades previstas em contratos são constantemente atualizados pela pasta, a depender das previsões de entrega dadas pelos laboratórios fornecedores dos imunizantes.
“O Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores e dos laboratórios produtores e/ou importadores, tem envidado esforços para o cumprimento do planejamento previsto junto aos fornecedores a fim de mitigar possíveis atrasos nas entregas e por conseguinte disponibilização do imunizante à população brasileira”, escreveu Pazuello.
O cronograma atual, sujeito a alterações, prevê mais de 270 milhões de doses de vacinas no primeiro semestre, previstas em acordos fechados com AstraZeneca/Oxford (Fiocruz), Instituto Butantan, Covax Facility e Precisa/Bharat Biotech – 30 milhões devem ser entregues durante o mês de março.
Até o final do ano, o número de doses a serem disponibilizadas ultrapassa os 400 milhões. Também estão em negociação outros 178 milhões de doses oriundas dos laboratórios Pfizer, Janssen, Moderna e União Química/Gamaleya.
O ministro finalizou pedindo união dos poderes para reforçar o enfrentamento à pandemia: “Destaca-se a necessidade urgente de empreender esforços políticos e diplomáticos conjuntos entre Governo Federal, Congresso Nacional, Estados e Municípios, para, de forma integrada, assegurar a disponibilização das vacinas, de maneira eficaz e segura, à população brasileira”.
Confira o cronograma de entregas de doses atualizado, sujeito a constantes alterações de acordo com a previsão de entregas dada pelos laboratórios ao Ministério da Saúde:
ACORDOS FECHADOS:
Fundação Oswaldo Cruz (vacina AstraZeneca/Oxford)
Janeiro: 2 milhões importadas da Índia (entregues)
Fevereiro: 2 milhões importadas da Índia (entregues)
Março: 3,8 milhões (produção nacional com IFA importado)
Abril: 2 milhões (importadas da Índia) + 30 milhões (produção nacional com IFA importado)
Maio: 2 milhões (importadas da Índia) + 25 milhões (produção nacional com IFA importado)
Junho: 2 milhões (importadas da Índia) + 25 milhões (produção nacional com IFA importado)
Julho: 2 milhões (importadas da Índia) + 16,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Com as entregas de julho, totalizam 112 milhões de doses disponibilizadas ao Ministério da Saúde.
A partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz deverá entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.
Fundação Butantan (vacina Coronavac/Sinovac)
Janeiro: 8,7 milhões, sendo 6 milhões importados da China e 2,7 milhões de produção nacional com IFA importado (entregues)
Fevereiro: 4,2 milhões de produção nacional com IFA importado (entregues)
Março: 23,3 milhões (22,7 milhões previstos para março + 600 mil residual de fevereiro)
Abril: 15,7 milhões (produção nacional com IFA importado)
Maio: 6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Junho: 6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Julho: 13,5 milhões (produção nacional com IFA importado)
Até setembro, devem ser entregues os demais lotes, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Covax Facility
Março: 2,9 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford – Coreia do Sul)
Até maio: 6,1 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford – Coreia do Sul)
Até dezembro, devem ser entregues os demais lotes, totalizando os 42,5 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.
Precisa Medicamentos (vacina Covaxin/Barat Biotech/IND)
Total: 20 milhões de doses (importadas da Índia) no primeiro semestre de 2021
EM NEGOCIAÇÃO:
União Química (vacina Sputnik V/Instituto Gamaleya/RUS)
Abril: 400 mil (importadas da Rússia)
Maio: 2 milhões (importadas da Rússia)
Junho: 7,6 milhões (importadas da Rússia)
Total: 10 milhões de doses
Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, com a aprovação da Anvisa, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.
Pfizer/BioNTech (EUA)
A partir do segundo trimestre de 2021: 100 milhões de doses
Jonhson & Jonhson (vacina Janssen/BEL)
Entre julho e setembro: 16,9 milhões de doses
Entre outubro e dezembro: 21,1 milhões de doses
Total: 38 milhões de doses
Moderna (EUA)
Até janeiro de 2022: 30 milhões de doses
Fonte: https://www.gov.br/saude