Ministério da Saúde atualiza projeção contratual de entrega de doses da vacina covid-19
País já contratou mais de 562 milhões de vacinas para reforçar o Programa Nacional de Imunização em 2021
O Ministério da Saúde (MS) atualizou, na noite deste sábado (24/4), o calendário com a projeção contratual de entregas de vacinas covid-19 em 2021. Dentre os imunizantes já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão aqueles produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (AstraZeneca) e pelo Instituto Butantan (Coronavac), além de doses da Pfizer e Janssen. A Covaxim, desenvolvida na Índia, e a russa Sputnik V aguardam aprovação regulatória. O total já contratado soma 562,9 milhões de doses.
Alguns atrasos nas entregas ocorridos até o momento se deveram a quatro fatores, dentre os quais o não recebimento do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA); atraso na entrega de doses prontas; espera pela regulação da Anvisa; e questões logísticas e operacionais dos laboratórios. O Ministério da Saúde realiza a distribuição em até 48 horas, a partir do desembarque das doses em solo brasileiro.
A Saúde trabalha em conjunto com Ministério das Relações Exteriores e organismos internacionais para tentar adiantar a entrega de vacinas. Para isso, o governo intensificou a conversa com embaixadores e laboratórios. No mês de abril, o país conseguiu superar a meta de 1 milhão de doses aplicadas em sete dias, atingindo um pico recorde nesta sexta-feira (23/4), com mais de 1,7 milhão de vacinas aplicadas.
“Mesmo com possíveis contratempos decorrentes do atraso de entrega de doses, nós estamos muito próximos de atingir a meta de vacinar todos com mais de 60 anos, o que é uma excelente notícia. Isso mostra a capacidade do nosso Programa Nacional de Imunização (PNI). O Brasil, como já falei em outra oportunidade, tem um canal de diálogo muito forte, seja com organismos multilateral através da ONU, OMS, OPAS, mas também um canal de relações bilaterais, agora mesmo vamos receber da Espanha um quantitativo de insumos para o kit de intubação”, destacou Queiroga durante coletiva de imprensa neste sábado (24/4).
Nos últimos dias, o Brasil observou uma redução do número de diagnósticos para covid-19, o que pode resultar na diminuição da pressão sobre o sistema de saúde. ” Isso resulta em maior disponibilidade de vagas nas unidades de terapia intensiva e que consequentemente nos dá uma diminuição na pressão em relação aos insumos”, pontuou.
A representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS) no Brasil, Socorro Gross, reforçou que, para continuar com a redução de casos, é necessário que a população obedeça às recomendações não farmacológicas, como uso de máscaras e distanciamento social.
“Precisamos que todos ajudem nesse momento para que essa queda continue e tenhamos a oportunidade de vacinar mais pessoas. Aproveito para parabenizar o esforço grande que o país, que o SUS e que os vacinadores, que estão na linha de frente da vacinação, estão fazendo todos os dias. Graças a esse trabalho em conjunto, estamos tendo bons resultados”, orientou Gross.
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Fonte: https://www.gov.br/saude