IFSP integra grupo de pesquisa que atua no desenvolvimento de “Coração Artificial”
O dispositivo se apresenta como uma alternativa para pacientes com insuficiência cardíaca
O desenvolvimento de pesquisas científicas é um dos pontos fortes das instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os projetos estão relacionados a diversas áreas do conhecimento e atuam, inclusive, para ajudar a salvar vidas. Com esse intuito, o Instituto Federal de São Paulo (IFSP) está desenvolvendo uma bomba de sangue implantável para ser utilizada como terapia para pacientes em estágio avançado de doença no coração, em caso de insuficiência cardíaca. O Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV), também conhecido como “Coração Artificial” se apresenta como uma alternativa para pacientes em diversas situações e estágios da doença, incluindo os casos em que o transplante de coração não é recomendável.
Segundo o pesquisador do projeto e professor do IFSP, Tarcísio Fernandes Leão, o protótipo é fundamental no contexto brasileiro, que assim como no mundo, tem as doenças cardiovasculares como responsáveis por cerca de 30% dos óbitos anualmente, chegando a, aproximadamente, 300 mil no Brasil. “O DAV pode ser utilizado como ponte para o transplante, enquanto o paciente aguarda o doador, ponte para a recuperação enquanto se recupera com o tratamento farmacológico ou cirúrgico e como terapia de destino, que é viver com o DAV implantado. Cada aplicação clínica dessas possui uma recomendação e um protocolo definido”, ressaltou o professor do IFSP.
O projeto inclui o desenvolvimento da bomba de sangue, do sistema de controle e do sistema de baterias e carregamento, além do design do dispositivo para o implante. “São milhares de pacientes com insuficiência cardíaca grave que poderiam se beneficiar deste tipo de tecnologia”, afirmou o professor. Ainda segundo ele, a pesquisa é realizada em conjunto com outras instituições e tem como objetivo desenvolver um dispositivo com tecnologia nacional que possa oferecer uma alternativa de tratamento para pacientes do SUS. “No IFSP estamos envolvidos em várias etapas do projeto, mas concentramos nossos esforços no controle e na automação dos dispositivos e nos estudos dos materiais e design do DAV”, concluiu Tarcísio.
Pesquisa gera pedidos de patentes
A pesquisa ainda não está concluída, mas já produz muitos resultados. Além da contribuição científica na área, em decorrência do projeto, o “Coração Artificial” trouxe inovação ao registro de patentes e incentivo às empresas Startups com participação de estudantes do IFSP e parceiros, no intuito de viabilizar soluções com uma visão empresarial. Os envolvidos no projeto estão trabalhando para finalizar o estágio dos testes em bancada, chamados de testes in vitro, e para o avanço nos testes em animais, testes in vivo. Vencida essa etapa, a pesquisa seguirá para os ensaios clínicos.
Legenda: Ministro da Educação, Milton Ribeiro e Secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Wandemberg Venceslau, em visita ao IFSP
Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da SETEC
Fonte: https://www.gov.br/mec