Projeto de planta de escalonamento de medicamentos biológicos é apresentado ao secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI
Projeto pretende preencher lacuna no desenvolvimento de novos medicamentos
Em reunião com o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, representantes da Universidade Estadual Paulista (UNESP) apresentaram na quarta-feira (15) o projeto de construção da planta de escalonamento de medicamentos biológicos. O objetivo da estrutura é dar suporte à fase final de pesquisas clínicas com biofármacos, medicamentos originados a partir de processos biológicos, com emprego de microorganismos ou células modificadas geneticamente.
A Fábrica de Amostras de Medicamentos para Pesquisa Clínica será construída no Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da UNESP, campus Botucatu. Serão 1.470 metros quadrados, abrigando laboratórios de pesquisa, espaço de co-working para hospedar startups de biotecnologia. O prédio também contará com alas fabril e de controle de qualidade. “Essa fábrica será a única no Brasil com esse modelo, sendo capaz de produzir amostras para pesquisa e testes clínicos”, disse o reitor da Universidade, Pasqual Barretti.
O secretário do MCTI elogiou a iniciativa, que pode servir para o desenvolvimento de novos medicamentos, principalmente de origem biológica e acelerar pesquisas. “Esta iniciativa é de grande importância para o Brasil e ajudará a preencher uma lacuna no desenvolvimento de novos medicamentos, especialmente de origem biológica, como por exemplo os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs). Ela vem se somar a outras iniciativas do MCTI, como o Centro Nacional de Vacinas (CN Vacinas), fazendo parte da estratégia de tornar o País cada vez mais autossuficiente e soberano no desenvolvimento e produção de medicamentos e vacinas” ressaltou Morales.
Segundo o professor do CEVAP, Rui Seabra Jr., o projeto nasceu da expertise de pesquisadores da UNESP que desenvolveram produtos considerados estratégicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como o selante de fibrina e o soro antiapílico, já validados em estudos clínicos de segurança de fase 2. “Será um avanço enorme para as pesquisas produzidas dentro das Universidades bem como ao setor farmacêutico brasileiro, pois poderemos receber encomendas para Pesquisa, Desenvolvimento e Produção de lotes pilotos”.
Representaram a UNESP no encontro o reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Pasqual Barretti, o diretor da Agência UNESP de Inovação, Saulo Guerra, e o professor do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos – Cevap/UNESP, Rui Seabra Ferreira Júnior.
Pelo MCTI, participaram o secretário Marcelo Morales, o diretor de Ciências da Vida e Desenvolvimento Humano e Social, Fábio Larotonda e o coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias, Thiago Moraes.
Fonte: https://www.gov.br/mcti