Boletim Covid-19: ocupação geral de leitos para atendimento à doença segue em queda
Edição de outubro mostra também que houve crescimento de beneficiários e redução de reclamações relacionadas à Covid-19 no período
Está disponível no portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a edição de outubro do Boletim Covid-19, que traz dados sobre o comportamento do setor de planos de saúde durante a pandemia de Covid-19.
Neste número, a publicação chama a atenção para a continuidade do crescimento de beneficiários em todas as modalidades de contratação do plano, evidenciando o interesse dos brasileiros no acesso à saúde suplementar. Os indicadores assistenciais mostram a contínua queda nos leitos alocados para atendimento à Covid-19, desde abril de 2021. Dentre as informações econômico-financeiras, são informadas a sinistralidade no período e inadimplência, cujas taxas se mantiveram estáveis. Quanto às demandas dos consumidores, destaca-se queda no registro de reclamações relacionadas à Covid-19.
A edição de outubro traz ainda uma prévia do número de beneficiários em planos de assistência médica relativa a setembro e demandas dos consumidores recepcionadas pela ANS através de seus canais de atendimento.
O objetivo da publicação é monitorar a evolução de indicadores relevantes do setor de planos de saúde nesse período, subsidiando análise qualificada da agência reguladora e prestando mais informações à sociedade.
Clique aqui para acessar a edição de outubro do Boletim Covid-19 – Saúde Suplementar.
Evolução de beneficiários
O número preliminar de beneficiários em planos de assistência médica relativo segue a tendência de crescimento observada desde julho de 2020. Em setembro, foram registrados 48.566.216 beneficiários em planos de assistência médica, aumento de 0,39% em relação a agosto. A taxa de adesão (entradas) no total, considerando todos os tipos de contratações, é superior à taxa de cancelamento (saídas) nos planos médicos hospitalares. O tipo de contratação responsável por esta superioridade é o coletivo empresarial que se mantém, desde julho de 2020, com mais entradas do que saídas de beneficiários.
Considerando o tipo de contratação do plano e a faixa etária do beneficiário, observa-se que a variação foi positiva para os beneficiários acima de 59 anos em todos os tipos de contratação ao longo dos meses de março de 2020 até setembro deste ano.
Informações assistenciais
A proporção de leitos alocados para atendimento à Covid-19 nos hospitais da amostra de operadoras segue a tendência de queda que vem se observando desde abril de 2021, atingindo patamar inferior ao observado em outubro de 2020, quando teve início a segunda onda.
A taxa mensal geral de ocupação de leitos, que engloba tanto atendimento à Covid-19 como demais procedimentos, se manteve em 71% em setembro, abaixo do patamar observado em setembro de 2019 (pré-pandemia). A ocupação de leitos comuns e de UTI para casos de Covid-19 apresentou queda significativa em setembro, enquanto a ocupação de leitos para demais procedimentos manteve estabilidade.
A busca por exames e terapias ficou 10,6% acima do observado para o mesmo mês em 2019. A retomada da realização de exames e terapias eletivas é compreensível, diante da postergação desses atendimentos em 2020, bem como desejada, para que haja a continuidade do cuidado, detecção e tratamento precoces de doenças para o adequado acompanhamento de pacientes crônicos.
Exames
Dos dados sobre realização de exames de detecção de Covid-19, extraídos da base do Padrão TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar), destaca-se que, o número de exames RT-PCR realizados em junho/2021 sofreu uma redução de 12,1 % em relação ao mês anterior, retornando ao patamar de novembro/2020. No caso dos exames de pesquisa de anticorpos, a queda foi ainda maior, com redução de 25,8% entre maio e junho de 2021.
Informações econômico-financeiras
O índice de sinistralidade trimestral apresentou leve aumento na comparação com o mesmo trimestre de ano pré-pandemia (3º trimestre de 2019) (82% x 83%). Porém, a prévia da taxa de sinistralidade de caixa anual em 2021 foi de 78,6%, ainda 2 p.p. inferior ao índice de 2019. A ANS permanecerá monitoramento a evolução desses dados no setor.
Em setembro de 2021, tanto os dados de inadimplência de planos com preço preestabelecido, como os para planos individuais/familiares e para coletivos, permanecem próximos dos seus patamares históricos.
Demandas dos consumidores
Os dados de setembro de 2021 mostram uma redução de, aproximadamente, 3,2% no total de reclamações registradas nos canais de atendimento da ANS em relação ao mês anterior. Quanto às demandas relacionadas à Covid-19, a redução foi ainda maior. Em setembro de 2021, a Agência registrou o menor número de reclamações sobre o tema desde março de 2020. Do total de reclamações relacionadas ao coronavírus, 44% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames e tratamento para a doença.
No portal da reguladora, é possível acessar o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.
Consulte o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.
Sobre os dados
Para a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas junto a uma amostra de 49 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Para os índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 105 operadoras para o estudo de fluxo de caixa e análise de inadimplência. Juntas, as operadoras respondentes para esses grupos de informação compreendem 74% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Adicionalmente, na construção do boletim, foram utilizados dados do Documento de Informações Periódicas (DIOPS), do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF) e o Sistema de Informação de Beneficiários (SIB).
Confira as outras edições do Boletim Covid-19.
Fonte: https://www.gov.br/ans