Anvisa autoriza inclusão de mais 5 mil voluntários em estudo da vacina de Oxford no Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a inclusão de mais 5 mil voluntários brasileiros nos estudos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
Originalmente, os testes no País contariam com 5 mil participantes, número ampliado para 10 mil após pedido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena os estudos no Brasil, e aval da Anvisa.
Passarão a fazer parte do ensaio clínico voluntários de Natal, Porto Alegre e Santa Maria. Os testes nesses centros serão conduzidos pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), respectivamente. Os novos participantes se somarão aos voluntários recrutados em São Paulo, Rio e Salvador.
De acordo com a Unifesp, não haverá uma divisão exata do número de voluntários em cada local. “Será livre recrutamento, até alcançar o número de cinco mil selecionados”, disse a instituição, em nota.
A partir de agora, idosos também poderão ser recrutados para o estudo. Inicialmente, somente participantes com menos de 60 anos eram aceitos. Segue valendo a regra de priorizar a inclusão de profissionais de saúde e outros trabalhadores em funções com alto risco de exposição ao coronavírus, como motoristas de ambulância, seguranças de hospitais e agentes de limpeza desses estabelecimentos.
“Isso é extremamente importante porque incluímos nessa fase pessoas que sabidamente têm risco mais elevado de complicações à covid-19 e, assim, o estudo pode refletir ainda mais a realidade. Isso, além de ampliarmos bastante o número de participantes, o que dará ainda mais robustez na análise de dados relacionados à segurança e eficácia da vacina”, disse, em nota, a professora Lily Weckx, responsável por liderar o estudo da vacina no Brasil.