Atualize a caderneta de vacina e proteja-se contra o sarampo
Doença pode afetar crianças e adultos e a única maneira de se prevenir é tomando a vacina tríplice viral
O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada pelo vírus Measles morbillivirus e que está em circulação pelo Brasil. A doença já estava eliminada no País e voltou a causar surtos desde 2018, devido às baixas coberturas vacinais da vacina tríplice viral.
“Em 2019, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). As pessoas precisam entender que as doenças só param de circular se houver uma grande parcela de pessoas vacinadas”, explica Rosa Maria Mossri, enfermeira da área técnica das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar.
Em 2020 ocorreram 41 casos de sarampo notificados e cinco confirmados. Já em 2021, até 3 de julho foram notificados oito casos, mas nenhum foi confirmado. A meta é vacinar 95% da população-alvo, que são crianças com 1 ano de idade. Em 2020, de janeiro a dezembro, a cobertura vacinal foi de 82,5%. Em 2021, de janeiro a abril, a vacina contra sarampo alcançou 88,3% da cobertura, número maior que o do ano passado, que no mesmo período registrou 63,7%.
“Devemos lembrar que ao longo da história diversas doenças dizimaram populações, doenças que hoje não ouvimos mais falar, como sarampo, difteria e a poliomielite. Mas, outras que seguem endêmicas no Brasil, como a meningite, a coqueluche, a hepatite e a tuberculose, todas essas ainda apresentam casos pelo mundo”, informa.
De acordo com Rosa Maria, manter a caderneta vacinal atualizada é a única forma de manter as doenças imunopreveníveis controladas. Por enquanto, não há nenhuma campanha de vacinação contra o sarampo programada pelo Ministério da Saúde.
Chamada de tríplice viral, a vacina previne contra sarampo, caxumba e rubéola e é aplicada em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) do Distrito Federal.
Sintomas
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do nariz. Após estes sintomas, geralmente há o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto, que progridem em direção aos pés, com duração mínima de três dias.
O vírus pode atingir as vias respiratórias, causar diarreias e até infecções no encéfalo. Além disso, pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, ataques (convulsões e olhar fixo), lesão cerebral e morte.
Fonte: https://www.saude.df.gov.br