Cristo Redentor é iluminado em apoio ao uso responsável de antibióticos e outros antimicrobianos
A iniciativa marca o início da Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antimicrobianos, promovida pela OMS, FAO e OIE
Ao cair da noite desta quinta-feira, 18 de novembro, o Cristo Redentor, emblema do Rio de Janeiro, foi iluminado na cor azul para aumentar a conscientização sobre a ameaça à saúde representada pela resistência aos antibióticos e outros antimicrobianos devido ao seu uso indevido.
A iniciativa faz parte da campanha deste ano da Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antimicrobianos (WAAW, por sua sigla em inglês), que acontece entre 18 e 24 de novembro e apresenta o “Go Blue” (vestir-se de azul) como cor da campanha.
A semana busca promover as melhores práticas entre o público em geral, profissionais de saúde, agricultores, profissionais de saúde animal e formuladores de políticas para impulsionar a contenção de bactérias resistentes aos antimicrobianos. Neste ano, o tema é: “Compartilhe o alerta, detenha a resistência aos antimicrobianos”.
Apesar de ser uma das principais ameaças à saúde pública global, muitos formuladores de políticas, profissionais e o público em geral muitas vezes desconhecem o que é a resistência antimicrobiana.
A resistência antimicrobiana (RAM) é uma característica de microorganismos – como bactérias, vírus, parasitas e fungos – que faz com que os antibióticos e outros antimicrobianos, como antifúngicos, antivirais e antiparasitários, não tenham efeito. O uso indevido de antimicrobianos tem acelerado a resistência, tornando as doenças infecciosas cada vez mais difíceis de curar, exigindo tratamentos cada vez mais longos e caros.
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, afirmou que “com a chegada da pandemia de COVID-19, a resistência antimicrobiana continua ganhando terreno, impulsionada pelo aumento do uso indevido de antibióticos no tratamento de pacientes com COVID-19. Por isso, a pandemia nos ensinou a importância do uso adequado de antimicrobianos para reduzir o aparecimento e a disseminação da RAM”.
Em relação à Semana Mundial, Etienne acrescentou que “a OPAS está comprometida com as atividades da campanha global para aumentar o conhecimento sobre o que é a resistência antimicrobiana e disseminar ações no lar, no local de trabalho, na comunidade e/ou no governo que possam afetar seu controle ou propagação”.
No Brasil, os Ministérios da Saúde e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bem como a OPAS, por meio do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa) e sua representação em Brasília, têm colaborado para que um emblema da magnitude do Cristo Redentor, que completou 90 anos este ano, traga a voz de advertência ao mundo sobre essa ameaça à saúde e ao desenvolvimento.
Trabalhando juntos para combater a resistência aos antimicrobianos
A OPAS oferece apoio técnico e liderança a seus Estados Membros para combater a resistência antimicrobiana e implementar planos de ação nacionais contra ela de acordo com o enfoque de “Saúde Única”, isto é, incluindo os setores de saúde humana, animal e ambiental.
Além disso, a Organização promove a troca de experiências e defende a adoção das melhores práticas e a implementação de ações colaborativas entre os países.
Uruguai, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru participam do projeto “Trabalhando juntos para combater a resistência aos antimicrobianos”, implementado pela OPAS, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e União Europeia.
De 2020 a 2023, este projeto visa implementar planos de ação nacionais em cada um dos sete países para enfrentar o problema.
A OPAS convida a todos a aumentar a conscientização sobre a resistência antimicrobiana trazendo o azul para sua presença online, comunidades físicas, locais de trabalho, governos e cidades durante toda a Semana Mundial de Conscientização sobre o Uso de Antimicrobianos. De 18 a 24 de novembro, as organizações incentivarão que monumentos e edifícios em todo o mundo sejam iluminados de azul para iniciar uma conversa global sobre a RAM.
Fonte: https://www.paho.org