CTNBIO/MCTI completa 25 anos de atuação na análise de produtos com organismos geneticamente modificados
Evento destacou a importância da comissão para atestar a segurança de produtos OGMs e no desenvolvimento do país em setores como agricultura e saúde
AComissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), colegiado vinculado ao MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, cumpre um papel importante na proteção da saúde humana, animal e na promoção do avanço científico no país. A afirmação foi feita nesta terça-feira (6) pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes. O MCTI promoveu uma solenidade que celebrou os 25 anos da comissão.
A CTNBio é um órgão colegiado responsável por avaliar estudos e produtos que usem organismos geneticamente modificados (OGMs), sejam plantas, células humanas, animais ou micro-organismos.
“A gente está vendo durante a pandemia a importância da ciência como única arma que temos para vencermos o vírus. A CTNBio tem trabalhado e muito usando o conhecimento para defender o país. Nós vemos a necessidade do uso de vacinas com organismos geneticamente modificados e a tendência é cada vez mais o uso dos OGMs em diferentes aplicações”, disse o ministro Marcos Pontes.
A comissão conta com 54 membros titulares e suplentes, de reconhecida competência, atuação e saber científica com destacada atividade nas áreas de biossegurança, biotecnologia, saúde humana e animal e meio ambiente.
O presidente da CTNBio/MCTI, Paulo Barroso, lembrou os mais de 300 pesquisadores que já fizeram parte da comissão e descreveu a importância do trabalho da comissão no setor de agricultura e de saúde, no combate à pandemia, assim como a grande presença de OGMs no dia a dia dos brasileiros.
“Já são mais de 15 anos de uso efetivo de OGMs no país. Foram avaliados e aprovados para uso comercial mais de 200 produtos que permitem que o país cultive anualmente dezenas de milhões de hectares com plantas geneticamente modificadas, imunize bilhões de animais e proteja centenas de milhões de brasileiros contra doenças como a Covid-19. Todo esse emprego foi realizado sem relatos de danos à saúde humana e animal ou danos ao meio ambiente”, afirmou.
Já a secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Maria Beatriz Palatinus Milliet, parabenizou a organização. “A CTNBio faz um trabalho técnico incrível no uso da ciência, tecnologia e inovações para resguardar nosso meio ambiente e biodiversidade. É um trabalho que não é fácil, não é simples. Que venham muito mais anos de um trabalho brilhante”, pontuou.
O evento contou com participação de ex-presidentes e entregou homenagens a diferentes membros do conselho. Os 25 anos da CTNBio também serão celebrados com a realização de debates semanais sobre biossegurança, biotecnologia e novas tecnologias do setor.
Histórico
No dia 19 de junho 1996 a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, CTNBio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, realizava reunião inaugural. À época, a tecnologia a partir do desenvolvimento da tecnologia do DNA recombinante era uma grande promessa.
Desde então, este ramo da ciência se consolidou e hoje a CTNBio/MCTI já avaliou a biossegurança de centenas de produtos, que incluem plantas geneticamente modificadas, micro-organismos de uso industrial, vacinas para animais e mais recentemente, terapias genéticas para doenças raras e crônicas, e vacinas para humanos, incluindo os imunizantes para a Covid-19.
Fonte: https://www.gov.br/mcti