Doadores de sangue ajudam a salvar vidas
No Brasil, a cada mil habitantes, 14 colaboram com estoques para o SUS; doações garantem atendimentos de alta complexidade e tratamento de doenças graves
Em todo Brasil, heróis anônimos garantem o estoque essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com condições crônicas, como a doença falciforme e a talassemia, além de doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão. Nesta sexta-feira (25), é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue e esta data tem como objetivo agradecer aos voluntários pelo ato solidário de doar e sensibilizar a população para a importância da doação regular.
Não há substituto para o sangue e, no Brasil, 14 a cada mil habitantes são doadores no Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados, Fabiano Romanholo, da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde (SAES/MS), a data é um momento de reconhecimento. “Queremos agradecer aos doadores de sangue pelo grande e valioso ato de solidariedade. É um ato de amor que salva vidas. Queremos dar os nossos parabéns e muito obrigado!”, enfatiza.
Na semana do dia 25 de novembro, os serviços de hemoterapia de todo o país também se mobilizam para realizar comemorações e campanhas locais para o fortalecimento da doação de sangue.
Corrente do bem
O sangue desempenha funções vitais, como o transporte do oxigênio a cada parte do corpo, defesa do organismo contra infecções e atua na coagulação e cicatrização. A quantidade retirada não afeta a saúde dos voluntários, pois a recuperação ocorre rapidamente. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados, no máximo, 450ml. O intervalo entre uma doação e outra é de no mínimo quatro meses.
O material colhido é separado em diferentes componentes, como hemácias, plaquetas e plasma. Dessa forma, é possível beneficiar mais de uma pessoa com apenas uma unidade coletada. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados. Como o material usado durante o recolhimento é todo descartável, trata-se de um procedimento seguro.
A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independentemente de parentesco. Periodicamente, o Ministério da Saúde alerta sobre a importância de colaborar regularmente para manter os estoques abastecidos e não apenas em datas específicas.
Alguns critérios básicos para doação de sangue:
- Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal);
- Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;
- Apresentar documento de identificação com foto, emitido por órgão oficial, como carteira de identidade, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho, passaporte, registro nacional de estrangeiro, certificado de reservista e carteira profissional emitida por classe. também são aceitos documentos digitais com foto;
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas;
- Estar alimentado;
- Evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar duas horas.
Alguns impedimentos temporários para doação:
- Se você estiver gripado, resfriado e com febre, espere 15 dias após o desaparecimento dos sintomas;
- Se estiver grávida;
- Ter feito exames/procedimentos endoscópicos nos últimos seis meses;
- Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses;
- Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, aids (vírus HIV), doenças associadas ao vírus HTLV I e II e doenças de chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis.
Fonte: https://www.gov.br/saude