Fevereiro Roxo chama a atenção para doença autoimune, o lúpus
No DF, enfermidade atinge de 1 mil a 2 mil pessoas; maior incidência é em mulheres
Uma das três cores que marcam o calendário da saúde de fevereiro é a roxa. A cor foi escolhida para chamar a atenção sobre a doença Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), também conhecida como lúpus. A doença inflamatória crônica do sistema imunológico atinge a pele ou os órgãos internos.
No Distrito Federal, levando em consideração também a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE/DF), a estimativa é de que 1 mil a 2 mil pessoas tenham a doença.
O lúpus pode ocorrer em qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são a maioria, principalmente entre 20 e 45 anos. “Além de acometer pessoas em idade muito jovem e economicamente ativas, o LES é ainda responsável pelo maior número de internações hospitalares na rede dentro da Reumatologia”, comenta Rodrigo Aires, a Referência Técnica Distrital (RTD) dessa especialidade.
São reconhecidos dois tipos principais de lúpus. O cutâneo manifesta-se apenas com manchas na pele, que geralmente são avermelhadas ou eritematosas, e que surgem principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar, como o rosto e os braços. O segundo tipo é o sistêmico e acomete um ou mais órgãos internos.
“Os sintomas são diversos e tipicamente variam em intensidade, de acordo com a fase de atividade ou remissão da doença. É muito comum que a pessoa apresente manifestações gerais como cansaço, desânimo, febre baixa, emagrecimento e perda de apetite”, explica a RTD. Outras manifestações podem ocorrer devido à diminuição das células do sangue, que são os glóbulos vermelhos e brancos. Os sintomas podem surgir isoladamente, ou em conjunto.
O diagnóstico do lúpus é feito com exame clínico. Apesar de não haver cura, o tratamento ajuda a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. “Os tratamentos são eficazes e possibilitam que a pessoa desenvolva suas atividades normalmente”, tranquiliza Rodrigo Aires.
Rede de atendimento
O DF possui diversos ambulatórios de reumatologia distribuídos em várias regiões. No Hospital de Base, há cinco ambulatórios semanalmente destinados ao atendimento de pacientes com lúpus. Há ainda um centro voltado à infusão de quimioterápicos e medicamentos biológicos com vagas reservadas para usuários com LES.
Para ter acesso aos ambulatórios de reumatologia da SES, o cidadão precisa ter o encaminhamento de um profissional da saúde da Atenção Primária, em alguma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Fonte: https://www.saude.df.gov.br