Fiocruz esclarece sobre disponibilidade de vacinas e intercambialidade
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já disponibilizou 84,5 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até o dia 13 de agosto e é a principal fornecedora de vacinas para Covid-19 do país.
O quantitativo de vacinas entregues, a manutenção de entregas permanentes (22 semanas de entregas ininterruptas) e a previsão de chegada de lotes de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nos próximos meses apontam para a manutenção da regularidade de entregas e a disponibilidade de vacinas.
A Fiocruz confirma o recebimento de três novos lotes de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) em agosto, assim como o envio de três lotes mensais de IFA de setembro a novembro. A Fundação manterá a regularidade de entregas mensais nos próximos meses, com uma média em torno de 18 milhões doses/mês até o final do ano.
A instituição reforça a importância de se avançar na vacinação de um número cada vez maior de pessoas para que o país possa sentir os efeitos e benefícios dessa proteção coletiva. Sobre a vacinação heteróloga ou a intercambialidade de vacinas (duas doses com vacinas diferentes), a Fiocruz destaca os benefícios da manutenção do esquema vacinal completo com duas doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca, a saber:
1. Embora existam dados potencialmente importantes sobre o uso de sistemas heterólogos de vacinação, não existem dados ainda sobre a duração da resposta imune com o uso de duas vacinas diferentes;
2. A duração e amplitude da resposta imune pós-vacinal está sendo acompanhada com muita preocupação frente ao momento global da pandemia em relação às variantes de preocupação e aumentos de números e gravidade de casos. No caso da vacina Fiocruz/AstraZeneca, estudos têm apontado para uma alta efetividade da vacina nos dados do mundo real, incluindo no Brasil, assim como para uma persistência maior na resposta imune das pessoas vacinadas com duas doses da vacina Fiocruz/AstraZeneca do que o relatado nos estudos com outros imunizantes;
3. Estudo, conduzido pela Universidade de Oxford e publicado em junho deste ano na revista científica The Lancet, aponta não haver prejuízo em ampliar o intervalo entre a primeira e a segunda dose, em caso de necessidade. De acordo com a pesquisa, a primeira dose pode sustentar uma eficácia de 80% por até 10 meses até a segunda dose e que esse intervalo poderia conferir uma resposta imunológica ainda mais robusta após o esquema vacinal completo da vacina de Oxford/AstraZeneca.
Fonte: https://portal.fiocruz.br