Março lilás: mês de conscientização sobre a prevenção do câncer do colo do útero
A prevenção é a melhor forma de se tratar qualquer doença. Sabendo disso e em atenção ao mês da mulher, as unidades de saúde do DF estão promovendo, ao longo de todo mês de março, ações de conscientização para a realização do exame conhecido como papanicolau, preventivo para câncer de colo do útero.
A doença é desenvolvida pela infecção do Papilomavírus Humano (HPV), que pode ser evitada, na sua maioria dos casos, com a vacina tetravalente, ofertada nas unidades básicas de saúde (UBSs) e faz parte do calendário vacinal na adolescência. Contudo, em alguns casos de infecções persistentes, a paciente pode sofrer alterações celulares, denominadas lesões precursoras, que podem evoluir para o câncer do colo do útero.
O rastreamento desse tipo de câncer é feito por meio do exame papanicolau, que pode ser realizado em qualquer UBS. Em caso de exames alterados, a paciente é encaminhada ao serviço de colposcopia, disponível nos ambulatórios da atenção secundária, em todas as regiões de saúde. O acesso dá-se por meio das UBSs que encaminham os pacientes via Central de Regulação.
“As lesões precursoras de alto grau, quando não tratadas, podem evoluir para o câncer de colo uterino. O exame papanicolau identifica essas lesões. Após o diagnóstico citológico a paciente é encaminhada ao serviço de colposcopia, um exame mais detalhado que permite a biópsia dirigida e tratamentos por meio de cirurgia de alta frequência – a conização”, explica a referência técnica distrital em Ginecologia Oncológica, Indara Queiroz.
A conização é um procedimento de nível ambulatorial no qual é retirado um fragmento do colo do útero, com intuito de retirar toda a lesão e evitar sua progressão para câncer.
Caso diagnosticado o câncer no colo uterino, a paciente é encaminhada para o serviço terciário de ginecologia oncológica. Na rede de saúde, os hospitais de Base e regionais de Taguatinga (HRT), Asa Norte (Hran), Ceilândia (HRC) e Gama (HRG) oferecem esse serviço. As pacientes são inseridas na Central de Regulação, que direciona cada uma para o serviço com a vaga com data mais próxima obedecendo os critérios clínicos das pacientes.
Dados
Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, para o biênio 2020-2022, são esperados 260 novos casos de câncer do colo do útero ao ano no Distrito Federal.
Em 2019, foram registradas 358 internações por câncer de colo do útero na rede de saúde do Distrito Federal. Em 2020, foram registradas 457 internações. No último ano, houve registro de 99 óbitos, no DF, por neoplasia de colo de útero. Número 33% maior que o ano anterior quando foram observados 74 óbitos pela mesma patologia.
Fonte: http://www.saude.df.gov.br