Novo diretor no LNCC/MCTI planeja enxugar custos para ampliar capacidade de pesquisas
À frente do Laboratório Nacional de Computação Científica, vinculada do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Fábio Borges quer focar nas energias renováveis e nas parcerias público-privadas
Onovo diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), professor Fábio Borges tomou posse no final de janeiro para um mandato de quatro anos. Borges assumiu o cargo que desde 2015 era ocupado pelo professor e pesquisador Augusto César Gadelha. E os desafios do novo diretor não são poucos. Os contratos continuados, por exemplo, consomem uma parcela significativa da verba da entidade. Para se ter uma ideia só em energia elétrica, o Laboratório gasta mensalmente R$500 mil. O valor se justifica pelo fato do LNCC/MCTI abrigar vários equipamentos de computação dentre eles o supercomputador Santos Dumont, que exige muita energia tanto para operar, quanto para a refrigeração do equipamento.
“A ideia é pesquisar como podemos utilizar energias renováveis para diminuir os nossos custos com a luz”, revela Borges que cita exemplos de grandes corporações multinacionais como a Microsoft que abriga um supercomputador submerso no mar e o Facebook que possui um data center no Polo Norte. Nos dois casos o que se buscou foi diminuir os custos com a refrigeração dos equipamentos que demandam muita energia.
O novo diretor do LNCC/MCTI tem mais uma receita para driblar as dificuldades orçamentárias. Borges quer intensificar as parcerias entre o Laboratório e outras instituições, federais e privadas. “O último upgrade (atualização) do nosso supercomputador Santos Dumont foi quase que totalmente financiado por meio de uma parceria com a Petrobras que em troca utiliza nossos equipamentos em diversas pesquisas, dentre elas sobre a exploração do pré-sal”, exemplificou.
Apesar dos altos custos de operação, o LNCC/MCTI abriga um conjunto de ferramentas imprescindíveis para diversos cientistas do Brasil e de outros lugares do mundo. Para se ter uma ideia da importância do Laboratório na comunidade científica, no início do ano, pesquisadores da RedeVírus MCTI, emitiram um comunicado de alerta para autoridades sanitárias sobre a descoberta, da circulação da nova linhagem do novo coronavírus originária do Rio de Janeiro e também no Rio Grande do Sul. O projeto é coordenado pela pesquisadora do Laboratório de Bioinformática – LNCC/MCTI, Ana Tereza Vasconcelos, juntamente com coordenador da Rede Corona-ômica.BR/MCTI, Fernando Spilki que é pesquisador do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale de Novo Hamburgo (RS).
Sobre o novo diretor do LNCC
Bacharel em Matemática pela Universidade Estadual de Londrina, Fábio Borges possui mestrado em Modelagem Computacional pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC/MCTI) e doutorado em Doktor-Ingenieurs (Dr.-Ing.) pela Technische Universität Darmstadt. Além de atual diretor também é membro do comitê assessor do LNCC/MCTI. Possui vasta experiência na área de Ciência da Computação atuando principalmente nos seguintes temas: privacidade, segurança, redes inteligentes, criptografia, algoritmos.
Entre os diversos trabalhos publicados, destaca-se o livro sobre Inteligência Artificial Statistical Learning Using Neural Networks: A Guide for Statisticians and Data Scientists with Python publicado pela Chapman and Hall/CRC em 2020 em coautoria com os professores Pereira, B. B. e Rao, C. R. Além disso, também o livro sobre segurança e privacidade On Privacy-Preserving Protocols for Smart Metering Systems: Security and Privacy in Smart Grids, publicado pela Springer International Publishing, em 2017.
Fonte: https://www.gov.br/mcti