Profissional de enfermagem acompanha pacientes em diversas especialidades
Fundamental no cuidado, enfermeiros e técnicos podem atuar nos mais variados segmentos da assistência
Fundamental na assistência e cuidado ao paciente, o profissional da enfermagem lida diretamente na linha de frente de trabalho da saúde. O Dia Internacional da Enfermagem, celebrado nesta quinta-feira (12), comemora o papel essencial da categoria. Tanto enfermeiros quanto técnicos recebem as homenagens nesta data.
Se sentir útil e realizado com a profissão que exerce. Essa é o sentimento do técnico de enfermagem, Lielson Maia, 42 anos, que há 19 anos se dedica ao cuidado do paciente através da enfermagem. 14 anos ele é servidor da Secretaria de Saúde. A profissão, inicialmente, era a possibilidade de encontrar colocação rápida após o serviço militar, mas a paixão começou já no curso técnico. Desde 2017, ele atua no Hospital Regional de Samambaia (HRSam).
“Amo ver os milagres acontecendo, pessoas se recuperando e saber que contribuí de alguma forma. Apesar dos desgastes e dificuldades da profissão, me sinto útil e realizado. Sinto que minha profissão me dá um significado e um sentido de missão cumprida”, avalia o profissional.
Lielson viveu momentos de angústia atuando dentro de uma UTI Covid no início da pandemia. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
Ele diz que a pandemia de covid-19 foi, sem sombra de dúvida, foi seu pior momento profissional, com maior angústia e desgaste. Lielson trabalhou na linha de frente desde o início e relata que sentiu muito medo de pegar a doença e morrer. “Atuar numa UTI Covid, principalmente no início, quando ainda não tínhamos informações suficientes sobre a doença, provocou em mim alguns momentos de desânimo. Hoje temos a imunização. Convivi com perdas próximas, como ver um colega de profissão perder a batalha contra a doença”, relata. Hoje, vacinado e com os índices da doença mais controlados, Lielson se sente mais seguro.
Momentos especiais
O profissional de enfermagem também atua em momentos marcantes da vida de um ser humano. A Casa de Parto de São Sebastião possui em sua equipe enfermeiras obstetras (EO) que auxiliam no momento do nascimento e tentam tornar a hora do parto repleta de humanização e acolhimento.
Nayane Guardiano é enfermeira obstetra há sete anos e está na Secretaria de Saúde há quatro. Ela atua na unidade de São Sebastião e destaca que seu papel é fundamental para uma assistência de qualidade. Ela ressalta que as principais evidências científicas mostram que partos de risco habitual assistidos por EO tem melhores desfechos, menos intervenções, menores taxas de cesariana, menos analgesia e, principalmente, maior satisfação das mulheres.
Enfermeiras obstetras auxiliam as gestantes durante trabalho de parto. Foto: Mariana Raphael/Arquivo SES-DF
“A enfermeira obstétrica tem um olhar voltado para a mulher em seu todo. A profissional coloca a paciente no centro do seu trabalho. A mulher é protagonista. Somos o suporte técnico e de cuidado em um só profissional. Foi através da Enfermagem Obstétrica que pude desempenhar meu papel com autonomia e responsabilidade. Sou extremamente feliz com a profissão que escolhi e sinto que a classe vem se fortalecendo cada vez mais”, afirma.
Além do hospital
Sabrine Malheiro é enfermeira há 14 anos e atualmente é Referência Técnica Distrital (RTD) de Enfermagem em Estomaterapia da Secretaria de Saúde, especialidade atendida exclusivamente por enfermeiros. “Nós acolhemos a pessoa com estomia, avaliamos de forma holística, realizamos os cuidados com o estoma, com o paciente, bem como orientamos sobre os cuidados a serem adotados “, explica. O profissional desta área desenvolve ações direcionadas à atenção integral à saúde das pessoas com estomias, lesões, incontinências, fístulas, cateteres e drenos, ações estas voltadas à prevenção, cura, reabilitação e paliação.
Saúde mental
Desde 2014 atuando no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Lucia Maria de Faria é enfermeira especialista em Saúde mental e trabalha no Caps Ad III de Ceilândia. Ela relata que tem autonomia para fazer todos os tipos de atendimentos e intervenções, tanto na parte assistencial, quanto nos outros serviços do Caps como um todo. A profissional trabalha com atendimentos individuais, acolhimento inicial, reacolhimento, grupos terapêuticos e educação continuada com pacientes, entre outras atuações.
No CAPS o enfermeiro pode atender pacientes de maneira biopsicossocial. Foto: Breno Esaki/Arquivo SES-DF
“Fazemos o atendimento voltado para a saúde mental, com interação com equipe multidisciplinar. Aqui desenvolvo meu trabalho assistencial e tenho funções de supervisão. Sou preceptora de residentes de saúde mental. A atuação em saúde mental é uma das áreas que o enfermeiro possui mais autonomia nos cuidados, pois pode está inserido em várias atividades e não apenas na parte assistencial”, afirma.
Trabalho na Central de Material e Esterilização
Enfermeiro trabalha isolado e sem contato com paciente na CME. Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo SES-DF
Cinta Maria Tanure é enfermeira da Secretaria de Saúde há 12 anos e nos últimos quatro atua na Central de Material e Esterilização (CME) do Hospital de Apoio de Brasília (HAB). A equipe de enfermagem também está presente nas CMEs dos hospitais e da Atenção Primária à Saúde, desempenhando um papel invisível, pois fica em um setor fechado e sem contato com os pacientes. “A CME é fundamental para todas as áreas de atendimento. Trabalha com todo material reprocessável para a assistência ao paciente, fazendo a lavagem preparo e esterilização. Contribui com a segurança do cuidado, o controle de infecção e a qualidade do cuidado ao paciente”, explica.
Fonte: https://www.saude.df.gov.br