Protocolo de tratamento para leucemia mieloide crônica é aprovado
PCDT sobre a doença foi publicado e permite melhor acompanhamento dos pacientes adultos
Pacientes adultos com leucemia mieloide crônica terão um tratamento mais efetivo ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), publicado no dia 4 de março, traz critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle, avaliação e monitoramento dos pacientes com a doença. O documento, recomendado pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), define orientações para profissionais de saúde, gestores do SUS e pacientes sobre o diagnóstico e tratamento da doença.
Conforme descrito no PCDT, os pacientes devem ser atendidos em hospitais habilitados em oncologia e com porte tecnológico suficiente para diagnosticar, tratar e acompanhar, na parte clínica e laboratorial. Portanto, as unidades de saúde devem possuir estrutura para internação, salas de terapia intensiva e de hemoterapia, além de suporte multiprofissional e de laboratórios, necessário para o adequado atendimento e obtenção dos resultados terapêuticos esperados.
Com a publicação, os gestores do SUS – estaduais e municipais – deverão estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos pacientes em todas as etapas.
LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA EM ADULTOS
A leucemia mieloide crônica (LMC) corresponde a 15% de todas as leucemias em pacientes adultos com idade média de 67 anos. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou, para os anos de 2020 até 2022, 10.810 novos casos de leucemias por ano. Em 2019, no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA-SUS), foram registrados 127.134 procedimentos de quimioterapia de LMC em adultos. A estimativa é que haja cerca de 15.892 casos da doença no Brasil.
PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS (PCDT)
Os PCDT são documentos que garantem o melhor cuidado de saúde diante do contexto brasileiro e dos recursos disponíveis no SUS. Podem ser utilizados como materiais educativos pelos profissionais de saúde, auxílio administrativo aos gestores, regulamentação da conduta assistencial perante o Poder Judiciário e explicitação de direitos aos usuários do SUS.
Os protocolos estabelecem critérios para o diagnóstico de uma doença ou agravo à saúde; tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; posologias recomendadas; mecanismos de controle clínico; e acompanhamento e verificação dos resultados terapêuticos a serem seguidos pelos gestores do SUS.
Fonte: https://www.gov.br/saude