RedeVírus MCTI anuncia grupo de pesquisas sobre Vírus Marburg
Objetivo é a criação de um estado de prontidão do sistema nacional de vigilância epidemiológica
A RedeVírus MCTI, comitê de especialistas criado em fevereiro de 2020 para auxiliar o ministério na criação de estratégias para enfrentamento da Covid-19, anunciou nesta quinta-feira (7) a criação de um grupo de trabalho voltado à realização de pesquisas e desenvolvimento de testes diagnósticos para o Vírus Marburg. Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) se pronunciou sobre o tema devido ao surgimento de casos na região da Guiné, na África.
A nota da RedeVírus ressalta que o vírus apresenta baixo potencial pandêmico, pois não se dissemina pelo ar, e que não há motivo para alarme de surto ou disseminação iminente. Segundo Flávio Guimarães Fonseca, da Universidade Federal de Minas Gerais, um dos componentes do GT, o objetivo é a criação de um estado de prontidão do sistema nacional de vigilância epidemiológica. A Organização Mundial de Saúde apoia iniciativas do tipo, pois ainda não existem vacinas ou tratamentos para a doença.
“Essa é uma mudança de mentalidade em manter um estado de preparação constante para qualquer eventualidade. O Vírus Marburg é de baixo potencial pandêmico, pois não se dissemina pelo ar. A nossa intenção é adaptar o sistema brasileiro de vigilância epidemiológica para a eventual chegada de um vírus desse, que pode vir por um paciente ou animal infectado”.
O epidemiologista ainda destaca que a criação de ferramentas de diagnóstico pode ajudar o país a lidar com casos suspeitos e auxiliar na contenção de eventuais surtos.
“A intenção é manter o país em um estado de preparação para eventualidades. As ações são voltadas para geração de ferramentas diagnósticas, como o sistema PCR e testes sorológicos. Ter essas ferramentas disponíveis para ser usadas em casos de suspeita do vírus Marburg. Isso deve ser carregado para outros vírus e patógenos importantes do ponto de vista global”, explica.
A infecção pelo Vírus Marburg é uma zoonose que pode ser transmitida ao homem por animais silvestres como morcegos e entre humanos, pelo contato com fluidos corporais de indivíduos infectados, causando uma febre hemorrágica. Na África, surtos anteriores e casos esporádicos foram relatados em Angola, República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul e Uganda.
Confira a íntegra da nota aqui.
Fonte: https://www.gov.br/mcti