Reprodução humana assistida e Covid-19: novas orientações
Confira a atualização das diretrizes sanitárias para a realização dos procedimentos
Já está disponível para consulta a Nota Técnica 6/2022 da Anvisa, que atualiza as diretrizes sanitárias para a realização de procedimentos de reprodução humana assistida, considerando o novo cenário da pandemia de Covid-19 no país.
No documento, a Agência recomenda que o Centro de Reprodução Humana Assistida (CRHA), também conhecido como Banco de Células e Tecidos Germinativos (BCTG), mantenha protocolos de segurança de controle de Covid-19 específicos, levando em conta, entre outros fatores, o número de colaboradores, a necessidade de uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e o fluxo de pacientes e colaboradores no estabelecimento, segundo a realidade de trabalho e a infraestrutura técnica de cada local.
Outra orientação é que as pessoas com diagnóstico clínico ou com suspeita de Covid-19 que apresentaram sintomas, mesmo no caso de sintomas leves e moderados, aguardem 28 dias após a completa recuperação para realizar a doação de gametas e embriões. Esse mesmo período deve ser respeitado em caso de doadores com teste laboratorial para Sars-CoV-2 positivo ou reagente, ainda que sem sintomas. Nesse caso, a contagem dos 28 dias deve iniciar a partir da data da coleta do material para o exame.
Vacina e doação de gametas e embriões
Também de acordo com a Nota Técnica, as pessoas que receberam vacina baseada em vírus inativado ou fragmento proteico sintético do vírus – caso, por exemplo, dos vacinados com a CoronaVac – devem esperar 48 horas após a aplicação do imunizante para fazer a doação.
Quem recebeu imunizantes que utilizam vetores virais recombinantes não replicantes (vacinas da Oxford e da Jassen) ou RNA mensageiro, como a vacina Comirnaty/Pfizer, deve aguardar sete dias para, então, doar gametas e embriões.
É importante observar que, no caso das vacinas que preveem a aplicação de mais de uma dose, os intervalos estão relacionados a cada aplicação do imunizante.
O documento reforça que é de fundamental importância a vacinação completa contra a Covid-19, a fim de reduzir a possibilidade de a doença acometer de forma grave a mulher e comprometer seu período gestacional e a saúde do bebê.
Embasamento
Na atualização das recomendações, foram observados, além da evolução clínica e laboratorial dos casos de Covid-19, da ocorrência de variantes e do avanço da vacinação no país, o posicionamento da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), da Associação Brasileira de Embriologistas em Medicina Reprodutiva (Pronúcleo) e da Rede Latino-Americana de Reprodução Humana Assistida (REDLARA).
Acesse a íntegra da Nota Técnica 6/2022.
Fonte: https://www.gov.br/anvisa