Saúde promove webinário sobre políticas públicas para tratamento de transtorno do espectro autista
Ministério investe no diagnóstico precoce e incentiva participação da família no desenvolvimento dos pacientes
Otranstorno do espectro autista (TEA) manifesta seus primeiros sinais na infância, nos primeiros cinco anos de vida, portanto deve ser detectado o quanto antes para melhorar a qualidade de vida das pessoas e de quem convive com elas. Por isso, o Ministério da Saúde tem investido em medidas que facilitem o diagnóstico precoce de TEA, garantindo o acesso deste público a um atendimento de qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS).
“O MS e o governo federal estão muito empenhados com políticas públicas que beneficiem a todos”, disse o ministro Marcelo Queiroga, durante o Webinário com foco na visibilidade do autismo, na última sexta-feira (30/04).
No evento, o secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps), Raphael Câmara, destacou a importância da atenção primária no acompanhamento das ações para esse público, onde ocorrem, geralmente, a identificação dos primeiros sinais do transtorno do espectro autista.
A coordenadora da Saúde da Criança e de Aleitamento Materno, Janini Selva Ginani, anunciou a entrega da Linha de Cuidado do Transtorno do Espectro Autista nas crianças. A ferramenta ajudará a detalhar o fluxo assistencial para atender às necessidades delas e de suas famílias, bem como informar gestores sobre a organização das redes de atenção.
Além disso, haverá a inserção de uma escala de rastreio precoce para risco de TEA, chamada de M-CHAT, que vai fazer parte da nova edição da caderneta da criança. “A caderneta é um instrumento poderoso de comunicação e informação. E agora passa a contar com essa escala que traz elementos sensíveis para a suspeitade TEA e pode ser aplicada a partir dos 16 meses”, disse.
O material facilitará a detecção precoce de sinais sugestivos de desenvolvimento atípico de crianças entre 16 e 30 meses, o que possibilitará a intervenção dos profissionais com estratégias compartilhadas com a família. Assim, será possível desenvolver estímulos ao desenvolvimento da criança mediado por atividades lúdicas, mesmo antes do fechamento do diagnóstico na atenção especializada.
No encontro, o secretário de Atenção Especializada à Saúde (Saes), Sérgio Yoshimasa Okane, afirmou que o MS já investiu R$ 500 milhões nos Centros Especializados de Reabilitação (CER), e que criará cursos destinados aos profissionais de saúde para otimizar o atendimento aos pacientes com TEA.
Em depoimento gravado para o webinário, o apresentador de TV Marcos Mion – pai de um adolescente no espetro autista e que tem se dedicado a estudar o TEA desde o diagnóstico do filho – disse que o autismo não é uma doença. “É apenas uma forma diferente de funcionamento. E o que faz alguém diferente é o que faz ele bonito”.
Assista aqui ao evento.
Fonte: https://www.gov.br/saude