Vacinação contra a covid-19 em crianças entre 5 e 12 anos depende da chegada de doses
DF vai seguir as orientações do Ministério da Saúde e vacinar esse público assim que receber os imunizantes
A Secretaria de Saúde aguarda a orientação técnica do Ministério da Saúde para o início da vacinação infantil contra a covid-19, além do envio de doses específicas para esse público. A informação foi passada hoje (16) pelo secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a aplicação de vacinas da Pfizer-BioNTech em crianças de 5 a 11 anos de idade. De acordo com o gestor, atualmente o Distrito Federal tem aproximadamente 268 mil moradores nessa faixa etária.
Durante a coletiva de imprensa, Pafiadache ressaltou os números da vacinação, especialmente com as ações criadas para facilitar o acesso, como o posto fixo montado na Rodoviária do Plano Piloto que, nesta semana, passou a funcionar das 7h às 20h.
Somente na segunda-feira, mais de 650 doses foram aplicadas no local. “Onde houver uma concentração de pessoas por algum motivo, vamos colocar um posto de vacinação”, afirmou o gestor anunciando a instalação de estruturas semelhantes no Aeroporto Internacional de Brasília e no evento Brasília Iluminada.
Avanço da vacinação
Na última semana, a Secretaria de Saúde registrou mais de 11 mil doses aplicadas por dia. Foram 45.792 pessoas que buscaram a segunda dose, 27.078 que tomaram a dose de reforço, 160 imunossuprimidos que receberam a dose adicional e 6.051 cidadãos compareceram para iniciar o ciclo vacinal com a primeira dose. Este último número foi ressaltado pelo subsecretário de Vigilância à Saúde substituto, Fabiano dos Anjos.
“Vacinar também é um ato de cidadania. Aqueles que estão vacinados acabam protegendo que não podem se vacinar por alguma restrição de saúde”, explicou. O subsecretário classificou como “drástica” a redução do número de casos de covid-19 no Distrito Federal e atribuiu o resultado à campanha de vacinação e à capilaridade dos serviços do Sistema Único de Saúde.
Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
Ainda assim, Fabiano recomendou a manutenção dos cuidados como o uso de máscaras e lembrou da estimativa de 221 mil pessoas acima dos 12 anos de idade que ainda não tomaram a primeira dose e das 220 mil que já poderiam ter recebido a segunda dose, mas estão em atraso. “O Ministério da Saúde já encaminhou doses suficientes para todo esse público”, afirmou.
A respeito da variante Ômicron, a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Distrito Federal (Cievs-DF), Priscilleyne Reis, ressaltou que os dois homens diagnosticados no DF estão curados e que não há novos casos identificados. Segundo ela, um dos fatores para isso é que os dois pacientes seguiram corretamente as orientações.
“São pessoas conscientes. Chegaram e se isolaram”, contou. O Cievs-DF mantém a rotina de acompanhamento de testes para identificar eventuais novos casos. “Nós estamos alertas e contamos com o apoio da população”.
Influenza
A chefe do Cievs-DF também esclareceu sobre o monitoramento do vírus Influenza A H3N2. Nesta quinta-feira, a Secretaria de Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pelo vírus em um morador do DF. No entanto, a contaminação e notificação do caso ocorreu no estado de São Paulo.
“Não é necessário criar pânico. O que a população precisa é cumprir as recomendações normais para as doenças respiratórias, como higienização das mãos e o isolamento”, indicou Priscilleyne. No cenário de pandemia de covid-19, em caso de sintomas também é necessário fazer o exame para descartar ou confirmar o novo coronavírus e procurar atendimento médico em caso de piora dos sintomas.
Fonte: https://www.saude.df.gov.br